quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

deixa

Entrou no ambiente e sentiu uma desgastante ansiedade, tudo era colorido, tudo era interessante, tudo era belo, intenso, tudo causava curiosidades. Seus olhos refletiam como diamantes as belezas raras, seu peito se enchia de ares inebriantes, tudo ali reivindicava ser possuído, tomado, usado, abusado, movido, lambido, beijado, comido, chupado, gozado. Uma boca, um nariz, dois ouvidos, dois olhos, duas mãos, um coração. Seu corpo jamais aguentaria; Talvez pequenas frações, mas jamais absorveria todo o êxtase, toda diversidade, toda diferença, toda possibilidade, toda a responsabilidade de possuir e cuidar de tantos belos detalhes. Poderia sair dali com duas, no máximo três, mas preferiu não escolher, deu as costas e caminhou na escuridão levando nada em suas mãos. Logo atrás vinha alguém que se sentia mais capaz, mas que logo entristeceu sem paz; Tudo para um só era muito, era demais. Diferentes verdades, diferentes necessidades para diferentes capacidades, possuir é um engano que limita felicidades, mesmo para quem se engana em achar que é dono de grandes quantidades. Deixando de lado as lascivas tentações, abandonava também o choro e a dor, as regras limitavam tanto amor, na liberdade tudo iria crescer, expandir como relva em alto tropico florestal, o amor era um selvagem animal, indo pra lá e pra cá. Deixando-o livre ele crescia confiante, forte, independente, era saudável saber que se aparecia, era porque queria e não porque algo o prendia.



quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Chamado para a Responsabilidade.

" Foram-me dadas algumas "previsões" sobre o ano que vem chegando, serão tempos difíceis para aqueles que não estão se preparando espiritualmente. Para quem ainda está dormindo, apenas acasos e tragédias, para quem já está sentindo; escute bem os recados:

A primeira lição, é sobre a responsabilidade de nós mesmos trabalharmos como mentores (o que exige um pouco mais de dedicação do que apenas cuidadores). Estamos sendo amparados e preparados para isso por diversas entidades, guardiões e irmãos de luz, que estão nos fornecendo ajuda e diversos materiais para estudos e para que possamos nos desenvolver (livros, vídeos, blogs na internet, cursos, vivencias, mestres vivos dispostos a dividir conhecimento e a nossa própria bagagem de conhecimento das nossas experiências). O que me foi passado, é que pouco a pouco muitos desses mentores espirituais irão sair do nosso convívio, pois os mesmos em breve estarão encarnados entre nós (EBA!!!), nos deixando a plena de responsabilidade de atuarmos como mentores no novo mundo. A bronca foi: Estudar e aproveitar todo esse amparo enquanto podemos! Ler, pesquisar, aprofundar, trocar conhecimentos e nos capacitar para de fato ajudar e auxiliar os nossos irmãos a despertarem e começarem a trilhar o caminho da luz.
Outra coisa que sempre foi falada pelo plano espiritual, é que o Joio será separado do trigo, e nessa mensagem afirmamos que isso já está acontecendo no mundo e que MAIS E MAIS pessoas ao poucos, estão sendo levadas desse mundo para outros mundos de provas e expiações e terceiras dimensões. Isso preocupa muito, afinal de contas é muito dolorido pensar que mesmo 'nos salvando' provavelmente teremos que nos despedir de tantas pessoas que amamos, principalmente nossos familiares que estão tão próximos e muitas vezes tão distantes de nós na espiritualidade. Não desistam, as nossas mudanças afetam os padrões de toda a nossa família, material e espiritual, seja pro bem, ou seja para o mal... O que significa que temos sim muita responsabilidade e poder de influencia. Então fica um convite a essa reflexão: Sou joio ou sou trigo? Estou fazendo isso internamente? Será que estou sabendo separar o joio do trigo em mim?
E tendo isso em mente, não nos iludirmos e confundirmos e sim clarearmos para solucionar problemas. Sim, é uma bronca, pois precisamos despertar, e não nos acomodar. Mas sim, também foi dito que estamos no caminho certo. Não podemos ser rasos em nossas reflexões e para isso muitas vezes precisamos ser tirados das nossas ‘bolhas’ de conforto, sair do nosso mundinho e encarar muito desconforto, a evolução não é muito gostosa, na realidade se parece fácil, talvez seja porque você não está no caminho. O mundo não vai acabar, mas todos os dias temos provas de que grandes mudanças estão acontecendo, e esse chamado que temos tido pode estar se estendendo para muitas outras pessoas, e a grande maioria tenha talvez as mesmas dificuldades que nós em de fato aceitar essa missão e abandonar uma vida de conforto e ilusões. As nossas desculpas são sempre as mesmas, no meio do caminho sentimos que ainda não estamos preparados para lidar com certas coisas. e dizemos para nós mesmos:
“Depois eu penso nisso”.
Será que temos tanto tempo ainda? Tivemos bilhões de anos para adiar nossa evolução e pensar "resolvo isso na próxima encarnação". Tudo indica que a lei do karma não está mais em vigor, sinto muito por todos nós, mas não podemos deixar mais nada para depois, tudo o que temos agora são nossas ações e reações. Pá, Pum!
Fica então está reflexão que propõe mais seriedade para encarar missões difíceis em tempos que não serão fáceis. Essa mensagem veio inspirada e mentoreada pelo plano espiritual, com permissão para ser dividida com o grupo
Evoluir em conjunto significa que quando um está a frente puxando todo resto, será necessário revezamento, pois graças a Deus hoje um de nós tem forças para carregar todo o resto, mas Deus queira que um dia tenhamos força também para carregar muitos outros que ainda não conseguem caminhar... Irmãos levem a serio suas missões na terra, escutem atentos, aprendam ligeiros, assim como sempre cantamos:
~~~já foi dito a hora é essa, o tempo é de se integrar, abraçando o que ainda resta~~
Abracemos o que ainda resta em especial às responsabilidades de sermos exemplos, pois só o exemplo ensina verdadeiramente. Exemplos de trabalhadores dedicados, de pesquisadores sérios, de cuidadores atenciosos, exemplos de amizade sincera, honesta e principalmente exemplos de humildade. Desta maneira traremos muito mais trigo para esse novo mundo de regeneração e não seremos joio ainda em provas e expiações. "


domingo, 1 de novembro de 2015

Pois é, Zé!

-Desculpa se eu to metendo o dedo na ferida e remexendo, desculpa se eu não to falando o que você queria ouvir.

Tudo bem seu zé, é muito importante ouvir a verdade. Se as pessoas fossem verdadeiras com elas mesmas nada disso estaria acontecendo. 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

DESCE

Eu agradeço
pela força da paz que será duradoura,
pela calma que irá me alcança (mesmo que eu corra dela). 
por perceber cedo, antes que seja tarde.
pelos vazios que não vou tentar preencher (até que sumam).
por saber que o tempo é ilusão e que só se leva o que se aprende.

Sou grata pelo perdão,
por saber perder,
perder o orgulho,
perder o medo,
perder o jogo sujo da ganancia e do desejo.

Dou graças pela libertação
das felicidades efêmeras que se esgotam,
das coisas que roubam a vida,
o brilho, a energia,
que nos tiram do verdadeiro desafio,
da verdade, da evolução.

Eu agradeço ao renascimento,
agradeço por poder reencontrar os meus,
e desfrutar dessa alegria com saúde.
enquanto eu só agradeço, pela paz que me alcança,
pela minha mudança, por essa leve realidade.
chamo a graça, ela desce, fica e permanece.
amém

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Gestação

Tinha que ir, não queria passar a eternidade ali empacando e ameaçando explodir. Acontece que ela já tinha implodido pra dentro de mim e num furor delirante me desconstruiu. Em volta dos cacos, admirando os estragos, eu sabia que de alguma forma precisava recomeçar e que jamais seria como antes. A tentação ria da paciência, aquela que eu não tinha.

O tempo parecia voar, tamanha a velocidade das manifestações atraídas pelos meus pensamentos; Que delicia projetar, sonhar, pena que não duravam as expectativas e me sobravam frustrações ao constatar que todos os outros se mantinham anestesiados, mascarando a dor e se mantendo distantes o suficiente para jamais terem que sentir nada. Eu costumava curtir e aproveitar, sentir e não saber negar, dizer sem querer dizer, me esforçando pra disfarçar, mas sempre garantindo para o conforto de todos que eu não iria ganhar.

Afinal, aprendi que pra alguém ganhar, alguém sempre tinha que perder e escolher é perder, não é mesmo? Nunca quis jogar, nunca me animei em competir, eu esperava um mundo onde os nossos sonhos pudessem coexistir, mas certamente o mundo ainda não era esse. Meu espírito cheio de valores diferenciados, se prontificava como voluntario, arrogante e prepotente, se sentindo forte o suficiente pra perder mais essa e mais outras. Poderia ser só nobreza de alma, dizendo que a felicidade do outro era mais importante que a minha felicidade, mas no fundo eu apenas temia que jamais pudesse ganhar. Quando me dei conta de que este seria o cenário, e que eu assistiria de camarote outras pessoas vivendo todos os meus melhores sonhos no meu lugar, senti a primeira contração;

Não tinha como não ser insuportável, não tinha como ser leve, por mais nobres que fossem meus ideais, as minhas dores eram viscerais, eram dores de parto, do meu próprio parto.

Não poderia lutar contra a natureza, e ela estava impondo que eu já estava no ponto; havia acabado a fase de reclusão, de projeção e sonhos, era hora de voltar a viver! Por mais que o meu corpo quisesse permanecer confortável, longe dos erros, o pensamento já tinha escapado e um pensamento assim ninguém tinha o poder de frear, era o fim de uma gestação. Estava nascendo de mim mesma e as contrações do ventre que agora era sufocante, me empurravam mundo afora, mundo este que eu não queria fazer parte.

Mesmo a contragosto, eu via a luz no fim do túnel e havia coragem nela; haviam novas ferramentas de uma desconstrução pesada que ainda me acompanhava; havia muita vida pela frente; havia um pouco mais de paciência e uma crescente gratidão por todas as coisas, principalmente as doloridas, solitárias e difíceis. Enfim me entreguei e fui com fé, ainda a tempo de constatar que o próprio amor talvez fosse um parto, e que talvez alguém estivesse me esperando fora da minha zona de conforto, aguardando ansiosamente a minha hora de chegar, com um amor genuíno que pousaria os olhos em mim e diria sem falar: "Bem vinda, não aguentava mais de tanto te esperar!"

terça-feira, 13 de outubro de 2015

rebobinar

Estava com dores, mas não chamou o doutor, ao invés disso enfiou o dedo na goela do aparelho e constatou que a fita havia emperrado. Deu play, mas a história permanecia travada, tentou avançar, mas o botão “fast forward” estava gasto e quebrado. Então era isso, ou continuávamos no pause, ou aceitávamos que havia chego a hora de retroceder até o inicio da historia e devolver o clássico a quem quer que tenha sido o locador.

Os presentes um tanto ansiosos por algum entretenimento, teriam que esperar e se contentar com o avanço invertido, a fim de ver o fim do mundo como o começo e o surpreendente inicio como o fim da historia. Como iriam continuar a viver fingindo não saber? Teriam que se esforçar ou tentar esquecer! 

Vivenciavam o sentimento de devastação e pós guerra que o final proposto começava a deixar, se sentiam assim pois provavelmente eram os protagonistas daquele filme. A historia contada remexia as entranhas e fazia com que se identificassem de maneira complexa a ponto de incorporarem os personagens e seus trejeitos, como se estivessem se recuperando de uma amnesia coletiva, assumindo silenciosamente os personagens e as memorias que eles mesmos criaram.

Os mais sensíveis foram os mais lógicos, logo constataram que nada faria sentido e o melhor a fazer era se entregar, mergulhar na experiencia para qual não haviam se candidatado. A historia se desfazia, partindo do principio onde tudo acabou e seguindo passo a passo os frames com cronologia regressiva de dias melhores, onde toda harmonia se sustentava com a inocência e com o desconhecimento de que a felicidade sempre foi uma ideia criada a partir dos sonhos. 

Na tela brilho nos olhos, na vida saudosismo, vergonha e desunião. O que não construía desconstruía e destruía mais ainda. Como era catastrófica a ação do tempo, olhar o passado confirmava que o que está mudado não voltava, tal como a água do rio que segue sem olhar para trás. O que não havia se realizado ou concretizado, era sujeira parada nas curvas do rio, o que era concreto avançava em frente com total força.

O relógio no visor regredia e eu aguardava ansiosamente pelo marco zero. 
A ansiedade não era pelo fim, o fim era só um meio, um dolorido processo, porém necessário para chegar ao recomeço. Era essa euforia que me mantinha como uma das poucas pessoas de olhos abertos. A ideia de recomeçar, viver algo novo, refrescante, isso me animava quase a ponto de esquecer pelo que estávamos passando.


Era necessária a consciência de que não podia mais lidar com tantas coisas pela metade, tantos "e se", tantas historias sem final, tantos enredos largados a própria sorte. Enquanto assistia a jornada retroativa, desejava partir com um grande cesto e recolher os arrependimentos das possibilidades que eu não soube viver. Eu sentia muito, mas queria ser como o rio, que parte sem olhar para trás. Tentava não me enganar, mas para a maioria de nós o melhor momento era sempre o de dizer olá e também o de dizer adeus. Os poucos momentos onde podemos trocar beijos e abraços efusivos, aceitando o contato e quem sabe até deixando escapar algum sentimento que vaza com a emoção. Nossas relações são por educação, motivadas pelos costumes que herdamos, se o motivo fosse o da própria vontade humana, que tanto nos empenhamos em esconder, viveríamos entrelaçados, mas não vivemos.
Já havia me colocado no lugar deles, já tinha me colocado no lugar delas, já tinha me colocado no lugar de cada um naquela sala, e o meu assento no chão frio, não era menos desconfortável que a poltrona de veludo ou a cadeira de madeira. Não existe um bom lugar para assistir uma desconstrução, por isso, ao acabar a sessão cada um se retirou a própria reclusão, não em busca de uma conclusão, mas sim afim de evitar alguma confusão de ideias. O comandante reuniu as entidades e anunciou o fim, apenas um corpo era a nave, e o corpo nave merecia descanso antes de finalmente partir para a próxima jornada.


00:00:00
ao ejetar o objeto do aparelho pode-se ler:
Rebobine antes de devolver.



quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Amardura

Que paradoxo vivo,
tanto falar da vida, tanto resistir viver.
Pensando vive uma vez, falando três, fazendo mil.
As ações interpretam os astros,
arianos que persistem mas resistem a tudo.
Seria tanto cuidado possível prova de um aprendizado?
Pra quem tanto tem se preocupado em não iludir,
acabar sendo iludido é um erro fatal, desequilíbrio puro.
A resistência as vezes é só excesso de cautela,
acabamos cegos e travados, bloqueados e paralisados.
O corpo acaba estressado com a falta de fluidez,
a doença chega em forma de intoxicação por frustração;
Uma diarreia se encarrega de levar o medo embora
e a resistência finalmente cai, deixando que a sombra faça valer.
O corpo precisa se purificar de tanto mal que fez a mente ao coração.
Espirra, tosse, tem febre, tem dor, quer deitar, quer mas não quer reagir,
quer que vá embora, mas compreende que precisa sentir.
A mente já estava sofrendo, e fez questão que o físico sentisse na pele.
É como quem diz: "Compreende? Entendeu agora?"
Aquilo que não nos faz bem não deve penetrar o miolo,
a oração sempre disse "afaste todo mal",
então por mais que endureça essa casca,
tem sempre que lembrar que o cuidado que a gente toma,
talvez ninguém mais esteja tomando.
Todos conhecem os rótulos das garrafas,
são apenas escolhas, e você já fez a sua.
É fé demais que tudo que vai volta,
mas não se entregue assim ao destino,
não ande tanto por ai, não sem uma armadura.
Sim...arma dura!
Dizem que a defesa as vezes é o melhor ataque,
mas pra quem acredita tanto no amor,
o melhor remédio e a melhor filosofia sempre será amar...
Fica muito mais agradável de se falar:
amar dura!
E dura muito mais se amar a si mesmo,
se espelhar nos outros pode gerar muita amargura.
Por mais que ainda não conheça,
talvez precise achar uma energia mais parecida com a sua,
algo maior, uma sintonia igual, que deixe o fluxo normal.
Se tá difícil levantar, esquece a voz que te faz ficar
e procura a mão que ta tentando te puxar.
Amar vai durar, é isso mesmo que você quer que dure?

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Com Vontade

Beijar o infinito e além,
além dos nossos corpos,
na verdade além dos meus sonhos,
afim de alcançar sua alma,
de olhos fechados sentindo por completo,
beijando toda a falta de fôlego por essa união.
Beijar sabendo que tudo nessa vida é breve,
principalmente quando existe a força da explosão.
Sem palavras ou arrependimentos,
despejando no teu jarro todo esse sentimento.
Eu te beijaria com a força do vento,
te amando além do tempo.
Te beijaria como o fogo que explode,
queimando e ardendo uma chama colorida que não morre.
Beijaria com a magia de toda vida
que nasce e se cria nessa terra,
mergulharia em você para beijar suas mais profundas emoções.
Te beijaria aqui e agora, te beijaria no passado, a qualquer hora.
Te beijaria por vontade, por saudade, por necessidade.
Não seriam só beijos de vaidade ou de amizade,
não seriam só beijos de pura verdade e seriedade,
a diversão não se compararia a imensidão do que faria por nós essa paixão.
Nossos lábios dividiriam um grande segredo,
e as línguas entrosadas jamais sentiriam o medo.
Tudo isso no tempo certo, a qualquer momento, mas enquanto não sei se está perto, evito o tormento, escrevo e me aguento.

leonino

gostava do seu gosto pela vida, mesmo que gastasse ele nos bares
ou correndo na rodovia acima da velocidade permitida.
gostava do seu gosto, do seu beijo forte,
do seu carinho manso, do seu tamanho.
gostava do seu peito largo e da pele marcada de tinta,
das conversas indiretas sobre o futuro, de transar no balcão,
na caçamba da caminhonete e outros lugares nos meios dos caminhos.
gostava de acordar no conforto da sua pele, ainda sem estar intoxicada
mas quase enjoada do quanto seu cheiro não me embrulhava o estomago.
Nunca suportei o como eu podia me atrair pelo jeito bruto,
as brincadeiras de moleque que contrastavam muito bem com seu jeito doce.
Eu sei que foi orgulho, da minha parte e da sua, ficou muito clara essa parte...
mas foi por esse mesmo motivo que deixei você me conquistar,
sabia que você era como eu, e era muito bom me ver em você.
nunca cheguei tão perto de admitir que estava apaixonada por um cara,
talvez não fosse mesmo o momento certo, mas passou muito perto.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Bola de Cristal

Muito absorver porem lentamente processar, algumas de nossas habilidades podem vir a se tornar fardos. Aleatoriamente perspicaz, com muita ajuda das vozes que falam na mente, crio uma ótima leitura corporal que faz previsões, não são acertos ou profecias, mas se algum dia tivesse levado jeito pra matemática diria que talvez seja um dom de calcular probabilidades e talvez, apenas talvez eu realmente seja boa nisso.
Com breve vantagem de tempo sobre os eventos futuros, me adianto a avisar, porém nem sempre chego a escutar ou processo o tempo de reagir. Dadas as possibilidades nem tento, mas dados os sinais muitas vezes prefiro me enganar. O que acontece é um eterno dizer de dentro: "Eu já sabia, mas como diabos eu já sabia?"
Saber não se limita a ter certeza, saber simplesmente é saber. Não existe um quadro pintado, não existe uma sentença pronta, porém quando chega você sabe que já sabia. Nessas horas da pra chegar a duvidar que essa vida é real, é aquela epifania louca de achar que essas pessoas nem são reais, porque elas estão ali naquelas situações que parecem que foram montadas pra você viver, poderia ser o roteiro de um filme construído com base nos doze estágios da jornada do herói.
Mas já está estampado nos ouvidos que o futuro repete o passado, então a habilidade de reviver talvez seja só mais um item comum e ordinário no nosso kit humano, tal como a mania de querer ser especial. Bem que eu queria ter a minha bola de cristal, física, palpável, infalível. Eu tenho intuições, e recentemente aprendi a usar o freio de mão dos meus desejos imediatos, isso mudou meu mundo.
Porém não adivinho pensamentos, muito menos tantos sentimentos, também não sei decidir perante as contradições e nas bifurcações me custa silenciar a mente pra ouvir o coração.
Ontem foi quinta, quinta é um ótimo dia para uma confirmação. Existiu um lugar no passado, uns meses de questionamento, uma duvida sobre a melhor escolha no melhor momento, e isso tudo eu jamais estaria prevendo, porém foi só escolhendo que pude chegar, e esse momento, esse lugar é exatamente o que eu queria estar.




segunda-feira, 28 de setembro de 2015

desmamados

talvez eu estivesse mesmo pensando errado controlando o estrago,
talvez as coisas boas sejam justamente as que devemos nos desgarrar.
melhor seguir o exemplo das mães e tirar as crianças do peito...
será que tudo que é bom demais precisa de um fim?
acho que sim
então agora vou pensar assim
quanto melhor for pra você, quantos antes coloque um fim
antes que fique cômodo demais, antes que você dê um passo pra trás
o que é bom e gostoso certamente está te impedindo de crescer
não seja feita a nossa vontade
porque se ficarmos muito a vontade, não sairemos daqui
mas não se preocupa, você nem vai ter muito tempo pra ser infeliz
é fugindo da dor que o apego ainda te causa
que você vai desesperado em busca de experiências melhores
e na busca desenfreada por verdade sem vaidade
a gente salva a humanidade

domingo, 27 de setembro de 2015

Sete Vidas

a energia não mente, 
se por dentro você sorri 
nem precisa mostrar os dentes
se seu choro lava a alma
nem tente se esconder atrás da raiva.
precisa mais que ouvir
precisa interpretar a fala,
onde escutam sons combinados 
ler códigos binários,
cheios de duplos e triplos sentidos, 
sempre com algum desejo escondido,

por mais poderes que tenha um gato vira-latas,
também é necessário um ponto fraco, 
não estar de namoro
mas ter os seus carinhos
de jeito sem jeito, 
tudo perfeito mesmo não estando direito
pode ser de esquerda
pode ser de qualquer jeitinho
eu vou só, vou de cantinho, 
rasteiro, miudinho
se me pedir sinceridade eu entrego facinho
estou querendo a pontinha do seu travesseiro
a beiradinha do seu cobertor
um tiquinho de amor.
arriscando, atrevendo
procurando o caminho pra sua cama,
um lugar ao seu lado na canga,
vendo a onda quebrar no instante da dor.
se pra crescer vamos sofrer
será o caos e serei o lamento
chegaremos nas alturas com afagos e arrependimentos. 
desconstruindo apegos e descasos
não resista a me levar pra casa
mesmo que talvez eu saia pela janela
e não esteja por perto lá pelas sete pra te rondar,

tem quem diz que felino não sabe amar
mas se me por no colo posso desmistificar.



quinta-feira, 24 de setembro de 2015

passa a flor

Onde vai, menina? Ta com a cara florida, pele desenhada com brilho da vida, raízes e rios do sangue que te banha, natureza pura e bela que olhos nus percebem, mas não compreendem a ponto de verdadeiramente entender. Confesso que se eu soubesse o seu destino, choraria de tristeza vindo a constatar que minha presença era mero acaso e que o pra sempre pra você era tratado com total descaso. O ser humano talvez seja a polaridade do natural, não aceitamos a natureza, queremos dobra-la, doma-la, colocar em uma gaiola e ver o brilho se apagar, antes mesmo de compreender que sufocamos e matamos o que nos prendeu atenção em primeiro lugar. Colocamos esse ar de cientistas, desbravadores, descobridores, curiosos, estudantes, mas esse entender é apenas para roubar e usar seus segredos em artifícios. Somos o Yin sombrio do Yang da luz da vida.
Somos escuridão com um ponto de luz natural, somos massa fria que foi agraciada com um sopro de vida, contrários a tudo, buscamos sempre ser artificiais.
Mal brota a flor e logo vem alguém colher, roubar-lhe a vida para possuir sua beleza. Para que se contentar em apenas contemplar a beleza infinita de um ser? Alguns de nós apenas nos entregamos ao desejo de possui-las... como sofrem as flores com esse desejo descontrolado. Violentadas, desfloradas, maltratadas, a troco do doentio habito der ter a qualquer custo.
Passa na rua, linda e florida, com seu vestido de vida, e os olhos a te acompanhar. Querem todos te despir, brincar de mal-me-quer, te ver no cru do ser, descobrir o segredo da vida linda que aparenta e todos invejam ter. Dói se você passa e finge que nem vê, fere os egos ver que você só quer se querer. O mal habito de possuir reside aqui e lá, sabendo que caberia apenas a você se entregar e se doar, poderia jamais precisar escolher, sendo bela flor até o outono chegar e lhe murchar. Desapegada que é, por saber que na próxima primavera chega outra flor em teu lugar.
Resiste mais uma flor, que não se deixa ser colhida, na esperança que as flores do futuro sejam apreciadas com vida. Resista flor, não se deixe ser colhida, a natureza te deu espinhos para lhe proteger a vida.



sexta-feira, 11 de setembro de 2015

fumo

Em meio ao caos das partículas quentes da maria fumaça, pensamentos vagavam entrando pelos vagões do trem. Andava quase como anda hoje em dia, mas tinha sempre no bolso um maço de tempos. Cada tempo tinha cinco minutos e em tempo de espera eram muito úteis, não que algo fosse chegar, mal sabia, mas os velhos tempos eram mesmo ótimos tempos.
Fumaça não é fogo, nem parece nociva até que te mata. De onde vem tanta ânsia de morrer mesmo que aos poucos? Se fores aos vales umbralinos gritarão: "SUICIDA!"
Um grupo de sentimentos que juntos montavam um belo time de baixo-auto-estima, sonhavam com dias melhores, mas nunca acreditavam realmente que eles chegariam, isso rendia um eterno "mesmo que chegassem". Mesmo que chegassem jamais sentiria a dignidade de vive-los, sendo assim de que adiantava querer? As coisas boas saltavam diante de seus olhos, enviando todos os sinais para serem possuídas, mas não as via, se via já era tarde demais, tamanha a certeza da cegueira de que tudo que era de bom definitivamente não lhe caia bem. Que culpas esse espírito carregava para se sentir tão indigno de felicidade plena? Nada que fizesse trazia o sentimento de merecimento.
Sua alquimia mental conflitante não impedia no entanto que intrigantes aventuras acontecessem. Enquanto as pessoas passavam, gastava o tempo secando garrafas, bolando mais tempo, mais fome, mais sono, dropando mais alegria, experimentando suores e sabores, provando de outros orgasmos, aspirando e espremendo de si mais vida do que os corpos poderiam produzir por si só.
Foram longos passeios por manhãs, tardes, noites e madrugadas, caminhando na linha tênue entre o umbral e o alto astral. Talvez os desencarnados amargurados estivessem gritando em acusação: "SUICIDAS!" e os guardiões e mentores tendo dias difíceis de trabalho cuidando para que a chama acessa não se apagasse, provavelmente, mas ninguém viu essas batalhas invisíveis e diárias. A musica estava sempre muito alta, amortecendo as quedas, anestesiando as dores e impedindo que os sons sublimes fossem percebidos.
Tinha fogo, fumo, erva, pó, vontades, carinhos, carências e ao julgar pelo entra e sai na porta do coração, aprendeu que pra se livrar de um amor o melhor remédio era uma paixão, e pra se curar de uma paixão, uma outra paixão e pra tentar curar toda paixão, solidão. Vivia se escondendo, com medo que descobrissem sua maior agonia. Matava os tempos livres em silencio, tragando e deixando que a morte lhe desse um trago.
Naqueles tempos em que vivia ótimos dias sem saber, parecia bonito o flerte com a morte, mas ao observar melhor os jovens agora já velhos, com suas peles enrugadas, dentes manchados, vozes auditiva-mente cansadas, naquela rouquidão asmática e frustrada pela garganta maltratada, decidiu que não valia a pena se matar por medo. Que descobrissem sua farsa, não perderia mais tempo disfarçando, não maltrataria mais aquele disfarce humano. Um corpo esconde muito bem sua imortalidade, o mortal e o imortal eram só o tempo de inspirar e expirar pela eternidade, vai ver por isso gostamos de fumo e ver fumaça, tragar e soltar, guardar e libertar. Mochila nas costas, violão na mão, andava por ai como antes, mas o ar noturno se fez lembrar: Nove meses sem fumar.


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

doidera, duradoura, douradeira

Vamos viver anos dourados?
É só uma questão de decidir e ir;
levantar e partir; ter vontade e permitir
Ando desconfiada, faz tempo que nada era bom demais pra ser verdade.
Isso é sincero demais pra ser completamente bom, não posso te culpar por me odiar.
Vou com calma pra evitar o susto ou vou correndo com medo do que vem atrás.
Bifurcações, duvidas, medos, pra que enfrentar se o que eu quero é fugir?
No fundo eu quero é ficar, mas se ficar terei que enfrentar...
Não vi nenhuma luz brilhar pra lá, então o caminho deve ser esse aqui.
Logo menos vem a ciência e diz que somos malucos,
chamando as nossas clarividências de distúrbios psicológicos;
Pensei ter ouvido uma voz, mas não tinha ninguém me chamando,
somos só nós, eu e você, eu e eu.
Meus deficits tem piorado muito, minha loucura tem me levado embora pra outros mundos.
Mundo pensante, mundo vivente, palavras loucas, sons materiais, objetos coloridos identificados pela mente. Me entrego ao que sou, e nada poderia doer mais, me perdi ao me prender ao que aprendi nas escolas, televisores, revistas e jornais.
Serei capaz de dizer a meu filho: "Larga esse comprimido menino, a doença que te mata vem de dentro, o que te faz pensar que a formula da cura vem de fora?"
É preciso se aventurar, é preciso após prever ir atrás de viver, quero, quero quero, sonho mil sonhos pra ter e ser. Vomita a doença, tira o peso das costas, errar e perdoar, errar e perdoar, errar e perdoar, errar e perdoar......me acerta ao me amar, me acerto ao me amar, me aceito no mar, sereias e sacis, curupiras e curupis, canta, cantar, chuveiro de alma lavar, não vou segurar, me leva pro mar, vamos viajar!

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Comande Coragem

Aquela inspiração fugiu num espirro alérgico, foi ali que eu peguei esse vírus e foi ele que me curou da necessidade de ser acerto, contando que eu fosse eficaz. Antes o propósito era melhorar, agora vejo que não vamos mudar, pois não queremos. Queremos ser exatamente quem somos e aparentemente, por enquanto, estamos dispostos a no máximo deixar cair o peso sobressalente e assistir o mundo girar, assistir o caos se fazer, depois se desfazer, fazendo de conta que não somos tão responsáveis. Somos um respiro, nossas ações respiram, eu busco espaço dentro de um abraço, para isso algo se encolhe e eu me despeço pra que você também tenha espaço. Te quero longe, mesmo assim me acolhe, entre milhares de opções a gente se escolhe, depois se devolve; deixando claro que a gente nem se quer, mas se envolve. Nos sujamos, nos limpamos, gostamos mas depois não gostamos.
Eu gosto das formas geométricas que miro nos sete corpos, desgosto de como me lembram que somos todos hipócritas. Se estamos menos doentes do que quem desejamos curar, nossas doenças não nos impedem de quase brilhar, quase acertar, quase não chorar; Somos doentes meio saudáveis e precisamos aceitar que não é porque o mal é invisível que ele não está lá.
Um mestre me ensina seus movimentos, seus sopros aprendo na concentração dobrando o vento.
Era ele, já sou eu, sei co-criar, lembro que desejo evoluir e melhorar, te copio mas me invento, já sou eu quem está falando e eis aqui meu comando. Marcho arrastada no comando de coragem, ansiosa, penosa, pois minha dor é medo. As substancias que você pode temer e as energias que quer evitar, te tocam na ponta da nuca, só pra rir de você, só pra te ver se arrepiar... de medo. Elas sabem que sozinhas não podem te vencer, precisam da sua ajuda pra te atormentar e te dominar.
Se é remédio pra te fazer dançar, se é a dose que te faz pirar, se é isso que te faz vibrar, porque evitar? "Porque não me deixa entrar?" É gritante a diferença do cipó, da folha, da raiz, e eu não te quero mais, pois agora te vejo como uma opção mal feita para algum mal artificial, ilusória e transitória, se afaste por favor.
Drogarias 24 horas adoecem mais do que curam e no silencio das rezas depositadas nas cinzas, me perdoo pelo tormento que me coloco. Não são as substancias que eu temo, não são os espíritos perdidos que me fazem despencar, eu tenho medo é de mim, tenho medo de olhar você e me enxergar, tenho medo de provar você e me descontrolar, tenho medo de ir longe demais e não ter pra onde voltar. Libertação mesmo, de verdade e enfim, será não sofrer por te querer, nem te odiar por continuar te resistindo mesmo que você seja irresistível assim.


terça-feira, 18 de agosto de 2015

Garapa

 Caminhou da estação de trem para a kombi adesivada, "1980"; Fez as contas, aquele senhor já estava naquele ponto a quarenta e cinco anos, vendendo caldo de cana em frente daqueles motéis baratos. O segredo do sucesso desse tímido empreendedor só poderia ser acaso, um acaso oportuno de estar ali para repor as energias de seus clientes, bem na porta do entra e sai. Duro é pensar que há quem possa considerar esse sucesso um fracasso.
 Quinta-feira ensolarada, perfeita para um caldo de cana e uma tarde toda de sexo, infelizmente sentia muito sono quando tomava a garapa, isso atrapalharia o sexo. Sentou-se num banco perto de um parque enquanto aguardava. Alguns dias do mês via sexo em tudo, olhando para o parque se viu transando na grama e admirando os pássaros; Certamente não duraria muito, mas talvez atrás do caminhão baú estacionado perto do drive-in, sem tirar as roupas, só se esfregando até gozarem mesmo; qualquer coisa, mas uma em especial: tinha em mente pegar a estrada e parar no meio de qualquer lugar, pois a excitação era justamente esse ejacular de desejo precoce, que não podia esperar um lugar calmo, que não podia esperar quatro paredes, que não podia esperar!
 Talvez fosse a lua da semana, mulheres viram lobas, homens lobisomens. Talvez segurar o desejo fosse como segurar dinamite acesa, não importa quanto tempo você vai segurar, ela vai explodir, mas se segurar muito, ela vai te explodir.
 A voz eloquente ecoava na cabeça, ela tinha contaminado tudo se disfarçando de paixão, não tentava esconder que tinha sujado a mente de forma insaneável, qualquer um que olhasse profundamente seus olhos poderia ver a sujeira por trás do rosto calmo, que se distraia facilmente pensando na beleza do parque, da quadra de futebol vazia, dos pássaros e ocasionalmente dos quadris, coxas e seios.
 Uma coisa não anulava a outra, mas se uma das duas não se sobressaia, talvez elas se completassem. O desejo visceral era a vida, era o fluxo normal que lhe empurrava para perto dos outros. Homens, mulheres, apenas a empatia garantia a sobrevivência da espécie. A fantasia poética era colocar uma beleza escondida no ordinário e comum, eram as desculpas formidáveis para serem animais irracionais e extremamente passionais.
 Quando abriu a porta do carro trocaram faíscas com os olhos, ela também estava dominada pela mesma voz eloquente da paixão. A respiração quase controlada por trás da desculpa pelo atraso, não disfarçava os pensamentos escapando pelos poros da pele, sendo dedurados pelo cheiro. Feromônios não mentem, não disfarçam, mas tudo bem, pois era realmente uma tarde perfeita para se render e se perder em um brain storm afrodisíaco, espremer o suco da cana e se embriagar da energia criativa gerada nos chakras quentes.



sábado, 15 de agosto de 2015

dança dos peixes

Se você for distraído como eu, pode nunca ver...
mas se tiver sorte, vai acabar se distraindo no momento certo
e sem querer vai assistir a um sublime espetáculo:
uma subida em sincronia, uma espiral na leveza das aguas,
um abraço sem braços, linda troca de energia, uma expressão do amor
há quem hei de duvidar, mas até os peixes podem se amar.


quinta-feira, 13 de agosto de 2015

eu perguntava: do you wanna dance?

Um ambiente démodé rodeado de gelo seco, você só pode estar em uma festa decadente.
Mas olha, ninguém vai te devolver na saída o tempo perdido, então tome as batidas de coco, dance as batidas dessas musicas batidas, aceite os sons de teclados ultrapassados e o "eu te abraçava: do you wanna dance?". É só uma festa, ela poderia estar acontecendo também nos anos 90, tão brega ou vergonhosa quanto as festas modernas... Falando nisso, logo chegam as pulseiras neons e os anos 2000. Ninguém vai te devolver o tempo perdido na saída, coma toda a comida que puder, saia bêbado se quiser, envergonhe sua família, tire a gravada, tire os sapatos, rode a camisa. Você pode escolher entre a depressão e a euforia; Porque ainda damos festas para comemorar? No fim ninguém se da real atenção, no final quem está realmente feliz? É só comer, beber, dançar, estragar a produção do seu cabelo, suar a roupa que você escolheu e se perguntar: Pra que gastar dinheiro com isso? Pra que casar se depois vai separar? 
Olha, ninguém vai te devolver na saída o tempo perdido, apenas curta a sua vida, mesmo que ela te sirva canapé de maionese na barquinha.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Cidade fantasma

Eu reconheço essa estrada, ela leva até um lugar que já não diz nada para mim.
Reconheço as ruas e suas nostalgias centenárias, seus prédios e a rodoviária.
Antigamente isso tudo era a terra distante para onde eu viajava até a felicidade.
Meu coração descia a serra ansioso por esse bafo quente, mesmo nos dias de chuva,
era a mais agradável sensação aquela vontade que eu tinha de gritar que havia chegado!
Rodando pelas ruas tão parecidas, bares iguais, padarias, canais,
o vazio não tão aparente, se torna visível pela saudade que tenho de sentir;
Como é que um dia eu pude ter desejado viver aqui?
Testifico que sem amor, não valeria a pena viver nem nesse e nem em qualquer outro lugar.



BI

  Não estudei psicologia, nem li os caras que influenciam psicólogos, mas ouvi muita coisa conforme crescia, muita gente tentando explicar o porque minha cabeça deu errado e o porque possivelmente minha vida também daria.
"Não entendo mas respeito", "você vai querer ser homem?", "você tem que se preservar, não da beijo, não anda de mão dada","A gente só quer que você seja feliz", .
Ahãm...

  Felicidade no geral já incomoda demais de qualquer forma, a maioria das pessoas não suporta gente feliz, e vai ver sabendo disso muitos de nós resolvemos ser emos, góticos e depressivos suaves. É uma defesa muito inteligente contra a arte das trevas de botar olho gordo, mostrando infelicidade talvez incomodemos menos. No fundo estamos sempre divididos entre ser ignorados e felizes ou entre ter toda uma atenção desnecessária de holofotes no nosso mundo. Não sei o que é pior, querer essa atenção ou ser bobo de ficar dando.
  Me questiono muito, afinal de contas tenho minha própria lanterna apontada pro meu mundo, sei que o publico é seleto, mas 'comigo não morreu'. Já me perguntei se gostar de meninas não foi só não foi uma forma de chamar atenção, mas sinceramente? Só escancaro isso hoje porque foi secreto e dolorido durante muitos anos. Em casa diziam que com o tempo ficaria tudo bem, mas do outro lado era um chabu de meninas mais velhas apontando e falando merda pra mim, e os pais das minhas amiguinhas na extensão do telefone pra ver se eu não tava dando em cima, ou com medo que passar muito tempo comigo fosse contagioso...Vai ver que não fiquei triste por defesa, acho que eu era realmente triste por tudo isso...
  Meu primeiro amor relatado pela família foi por um menino, um tal de Cléber, vulgo Clebinho, diz a lenda que bati numa menina por causa dele, eu não lembro de nada disso, só me lembro de falarem que eu curtia ele, então acreditemos que com 4 anos eu curtia, ué! O que mais lembro dessa época era minha professora de Ballet, sempre levava presentinhos pra ela, mas normal, né? Na primeira serie eu lembro do Bruno, loirinho com cabelo de tigela, mas que comia caquinha de nariz. Maior felicidade da vida quando era parzinho dele pra dançar, mas pra fazer atividades nem tanto, porque ele era tão tchongo quanto eu e teve a capacidade de repetir a primeira serie. Na quarta serie eu dizia que gostava do Felipinho, todas as meninas gostavam, ele era menor que todas, parecia um boneco de tão lindinho... mas eu gostava mesmo era da Lorena. Ela era um tipo de mean girls de nove anos, mandava em todas as meninas, e nessa época causava principalmente comigo. Não sei se chorava mais por quando ela me chamava de maria joão (sendo que eu nem era, afinal eu curtia pacas britney e nem jogava bem futebol), ou se eu chorava porque devia odiar ela, mas era gamada na bruxa.
Não importa, logo depois disso vieram as ferias e passei longas tardes no pombal desfilando pra cima e pra baixo com minha prima. Numa dessas conheci o Jonathan da nova geração, também conhecido como cabelinho de princesa. Me apresentei como: Gabriela.
  Foi escondida num dos prédios do Inocope que perdi o BV, meu primeiro beijo foi show, amei, difícil foi parar depois. Logo vieram as matinês e durante algum tempo minhas paixões foram o cabelinho de princesa, o Roger, e alguns meninos que frequentavam a Ocean Drive. Eu sempre queria os mais gatinhos, mesmo os que nem tinham beijo muito bom, o importante era ser lindinho. As vezes eu era Nathali, as vezes dava telefone certo, mas curtia mesmo mudar de nome, mudar de eu, varias vezes fui Gabriela... a tal da Gabriela existia, era uma menina relativamente parecida comigo, que era uns dois anos mais velha e meio vesguinha, mas era bem linda e o coração sempre disparava quando a via no corredor da escola.
  Não sei como as outras meninas separam admiração de paixão, mas eu não precisei lutar com isso a vida toda, tinha um primo que sempre teve tudo pra ser gay e que me deixou obcecada com o beijo da Madona na Britney. Eu relutei, afinal tava sussa beijando os boy, mas assim que ele me convenceu a beijar a Angelina Jolie, fomos na parada AME (amigos da musica eletrônica). Era um domingo a tarde e tinha uns 5, 6, sei lá, vários carros de som tocando musica eletrônica ali no Ibirapuera... eu tinha 13 anos e estava bêbada de vinho chapinha quando beijei uma menina, foi muito sem graça, não tinha nada demais, era tão besteira que segui beijando meninos e me apaixonando por meninas.

  Eu poderia caçar mais na infância os sinais para concluir que devo ser bi, ou poderia destacar mais detalhes da formação da minha sexualidade, tentar ver de onde vem essa confusão que já é tão normal pra mim. As pessoas costumam dizer que a menina se apaixona pelo pai, o menino pela mãe, rola o complexo de Édipo e bola pra frente ser normal. Eu não acho que eu tenha me apaixonado mais pela minha mãe do que pelo meu pai, acho que tive bastante decepção com meninas e com meninos também, demorou muito e ainda demora pra eu me sentir bem comigo mesma. Apesar dos pesares tenho uma autoestima extremamente frágil, e entre meninos e meninas acho que só posso resolver isso sozinha mesmo. Eu já tentei achar as raízes do problema, mas o problema é que quanto mais eu penso, mais acho que são muitas, então não adiantaria escolher um lado ou me pendurar em alguém pra ver se resolve.
 Desisti de tentar escolher entre ser mãe e ter filhos ou ser sapatão e sei lá, ser discriminada...
Mas apesar de não saber escolher, eu sei muito bem o que eu quero, eu quero me sentir protegida, segura, confortável e aceita, seja lá por quem for e eu espero que a minha vida seja natural, cheia de amor e pessoas que me façam sentir bem.
Como vai ser isso? Não sei, nunca soube, talvez nunca saiba, talvez nunca chegue, mas enquanto não chega eu não preciso escolher e automaticamente perder.

"a gente só quer que você seja feliz"...

Eu também só quero ser feliz.


sexta-feira, 31 de julho de 2015

Projeção Romântica

Quando eu tinha 16 anos comecei a estudar projeção astral, era só por romantismo...
Minha namoradinha estava presa em casa porque a mãe descobriu que ela me namorava. A vida dela estava um inferno.. na minha cabeça se eu pudesse sair do meu corpo dormindo e ir lá só deitar do lado dela pra dizer que ia ficar tudo bem, seria pelo menos um conforto pro problema, pro meu pelo menos. Na época achava que era porque eu era muito nova que não podia fazer nada, se fosse com 25 anos teria minha casa e ela vinha morar comigo e pronto, hoje percebo que não era questão de idade, eu não tinha o que fazer mesmo.
 Um dia lendo um livro, descobri a tal da projeção astral, foi nisso que eu me engajei. Já me imaginava chegando flutuando na torre mais alta do prédio mais alto da ponta da praia de Santos, tipo um príncipe no cavalo branco... Não era tão romântico assim, no fundo podia muito bem rolar muitos amassos, por que não? Já tinha saído do meu corpo e dado mó role até lá mesmo...
Apesar da meditação fácil através de um mantra engraçado, consegui no máximo um formigamento no corpo e quando o bagulho ficava louco, parecia uma batedeira de energia a minha alma querendo pular pra fora.. eu ficava com medo do que me aguardava e desistia. Teoricamente não consegui fazer a tal da projeção consciente...
Eventualmente ficou tudo bem, mas apesar de toda a energia que depositei nesse relacionamento, quanto mais fácil a relação ficava, pior a gente se dava e fazer projeção astral deixou de ser uma vontade/prioridade/necessidade na minha vida, nunca mais tentei ou pensei nisso...
Foi só quando comecei a tomar a ayahuasca que realmente consegui sair do corpo, mas ir pra onde? Fazer o que tão longe? Foi ai que eu percebi...
Eu sempre fui movida por paixões desenfreadas... Eu não queria ir pra lugar nenhum porque pela primeira vez na vida não estava sofrendo de um amor impossível, então tava tudo bem estar bem ali onde estava, junto a minha matéria física, presente no lugar presente...
Posso relacionar metade das minhas experiências nessa vida e escolhas, com alguma paixão impossível. Um idealismo maluco que me fazia colecionar bilhetes de ônibus pra praia, aprender a gostar de novas musicas me matricular em cursos aleatórios e adquirir bagagens, só pra ter alguns minutos a mais com alguém e colecionar momentos extraordinários... Meu idealismo em amar me jogou pra frente umas setecentas vezes, e me empacou outras mil. 
Não sei se me aceito como sou, poderia ser legal só o fato de ter consciência disso, mas na real é uma bosta ser movida por paixão, é bem sofrido! Toda vida meus objetivos foram traçados de acordo com conquistas, amores impossíveis, coisas que obviamente e claramente eu nem queria que acontecessem de verdade, porque se rolasse, deixaria de ser perfeito como era no mundo das minhas ideias. Por outro lado, é ótimo ser assim, esse autismo idealista, esse sofrer de vidas platônicas, é parte integral de ser nathali, é o que me torna única, cheia de altos e baixos, pronta para aprender a pilotar um avião se é o que é preciso pra viver apaixonadamente, ou pra dormir semanas de tanto desanimo com a vida real.
Eu gosto da minha vida, e eu compreendo a beleza de quem eu sou... Eu presenteei e fui presenteada com momentos incríveis, de historias malucas que bateram recordes de duração! Anos picados, um mês, duas semanas e em muitos casos, uma noite só foi o suficiente. A tristeza disso é que geralmente quando a emoção abaixa, deixo de viver o momento presente e passo a viver nos ideais, o que sempre gera sofrimento, pois como se relacionar com alguém que não está presente nos momentos sem graça? A magia não dura o suficiente e a realidade sempre chega... nem quero mais.
Toda aquela historia de projeção astral, pode me mostrar muito bem que na verdade eu estou sempre me projetando.. Eu me projeto nas pessoas, me apaixono por elas buscando quem eu quero ser. Projeto nelas o que elas têm que eu quero pra mim, projeto romances, lances, dramas, problemas, soluções. Esse meu jeito dramático, sofrível e terrível de amar, acaba sendo sempre uma prova de amor egoísta por mim mesma.
Eis um desespero em mudar, quando me dei conta de que eu era assim e que era isso que eu fazia, eu me odiei! Meu idealismo era energeticamente interesseiro, caçador de talentos, personalidades. Meu lance sempre foi uma conquista pra dominar sua parada toda, é também uma ótima forma de nunca ter que olhar pra dentro e ver quem sou e o que eu realmente quero. Dei um basta nisso e tranquei esse animal, tudo ia bem, mas ele tá lá, doidinho pra eu vacilar e ele voltar.
Talvez eu devesse aceitar e parar de lutar contra a minha natureza. Provavelmente a fase mais conturbada e turbulenta já se foi mesmo... Ou talvez eu realmente devesse abraçar essa mudança profunda pela qual passei e ficar na minha, tentando reconhecer quando estou me projetando em romances.
Até que ponto é saudável modificar a natureza? Vai que fui feita pra evoluir de caça em caça?  Continua valendo a pena prender o animal que eu sou dentro de uma gaiola para evitar sofrimentos? Teoricamente  não preciso sofrer pra evoluir, mas sofrendo sei que evolui também...
Talvez eu queira ser a menina que acabou conquistando o mundo sem nem perceber, só porque estava empenhada em conquistar um amor romântico que durasse tempo o suficiente pra se tornar genuíno...
Talvez eu queira tentar ser aquela pessoa que só quer tanto, tanto, tanto evoluir... uma hora iremos descobrir.



quinta-feira, 30 de julho de 2015

continue caminhando

É um exercício, como todos os outros exercícios.
Não importa o quanto vai bem o físico,
se a mente não estiver bem preparada, uma hora você vai querer parar!
Nessa hora você percebe que uma coisa depende da outra,
não dá pra dar prioridade pra mente e deixar o corpo definhar,
não da pra priorizar só a sua matéria...
uma hora a mente fraca te cobra e te dobra.
As vezes a pancada é forte, as vezes o rebuliço é grande,
a vontade é de jogar tudo pro alto e parar ali mesmo,
empacar igual mula, quem sabe deitar no chão em posição fetal,
qualquer coisa que te impeça de continuar a caminhar.
É duro tomar consciência do seu corpo, é mais duro ainda
perceber que tudo que te incomoda parte de você mesmo,
da sua mente.
Toda essa perseguição, todos esses olhos te seguindo,
toda essa gente gritando no seu ouvido,
todo esse mundo escondido,
todo o barulho da sua mente.
Fica pior com toda essa sujeira querendo sair do seu corpo,
toda dor de um atropelamento recente,
e você caminha, porque tem que caminhar.
Até perceber que tem torcida,
que tem mãos, braços, pernas, vozes amigas...
deixe a bagagem,
seja apenas o espectador,
abra mão do controle,
viva apenas o presente e não sofrera
caminhe...
... o importante é não parar de caminhar.

Pacote de Bolacha!

Somos todos seres com potencial para plenitude mil,
acontece que as vezes me da tanto sono,
que durante a tarde só consigo pensar em chegar em casa
e tirar uma soneca antes de jantar.
Pensei em culpar a vida pelo meu desanimo pela vida,
mas além de super pleonástico, não é verdade,,
A vida é maravilhosa, cheia de possibilidades incriveis,
com fontes infinitas de alegria e sabedoria.
Mas ai eu abro um pacote de bolacha,
porque to entediada dentro de quatro paredes,
e a bolacha é crocante, é docinha,
é cacau, aveia e mel, fonte de fibras com cereais.
Eu como uma bolacha, a bolacha é demais,
que delicia de bolacha, melhor bolacha...
Eu quero mais uma bolacha,
eu vou comer mais uma bolacha,
ué é só mais uma bolacha, tem um pacote inteiro..
Comer quatro bolachas não vai fazer mal pra ninguém..
Comi metade do pacote,
agora não to me sentindo tão bem em relação a bolacha...
Eles fazem parecer uma bolacha saudável,
mas não tem nada de saudável nessa bolacha
e agora eu já comi metade do pacote mesmo,
melhor comer o pacote todo e acabar com esse sofrimento.
Compulsão, obsessão, é biscoito ou é bolacha?

terça-feira, 28 de julho de 2015

Conquiste um objetivo e se faça feliz

Eu fiz DL em 2011, curiosamente não tem nenhum relato da incrível experiência aqui no blog.
Foi uma das viradas do leme para a curva que mudaria minha vida.
Um fim de semana com tanto aprendizado que talvez eu esteja processando até agora.
O titulo do texto é uma das coisas que eu nunca coloquei em pratica.
Sou péssima com objetivos, se tem uma coisa que não sou é objetiva, a não ser quando tá tudo muito enrolado e tem gente mais perdida que eu e por obrigação tenho que ser pratica.
Mas se eu fosse pragmática não teria conseguido escrever um zilhão de textos,
ser prolixa é meu defeito especial.
Nesse ano que vai começar a rolar daqui a pouco, eu quero por isso em pratica.
Conquistar objetivos e me fazer feliz. Simples assim
Esse é meu desejo para mim mesma.

eis me aqui

Toda a vida foi um pensamento, foi uma ideia do ideal que buscava para desenvolvimento;
Um plano perfeito, aprovado e articulado, passou pela bancada astral,
tinha missão, caminhos e coisa e tal.
Nasci no inverno, era domingo, pé de cachimbo, cachimbo é de ouro, ouro de Oxum.
É mãe de cabeça, protege a gestação, a criança que não fala, mas que chora um montão.
Eu só fui vivendo, e crescendo,
acumulando experiências e cenas de um filme em constante movimento.
Criei feridas, depois casquinhas, criei vícios, manias, alegrias, tive muitas companhias. 
Muitos traumas parados na garganta, muita amoxicilina que não curou essa menina
Tendência ao vicio, e a pequenas obsessões, auto de didata mas com déficit de atenção.
Sem saber em qual caminho, se perdeu em ilusão.
Eu vinha articulando e prevendo, recebendo e não vivendo.
de pensamento em pensamento, fui pulando de nuvens em nuvens em direção a este momento.
O despertar chegou com 23, cedo ou tarde..
talvez seja cedo demais para dizer se os anos de prévia foram em vão... acho que não.
Eis me aqui agora, tão nova quanto em meu nascimento,
tão inocente e carente de conhecimento como a criança a qual já dei movimento.
Me empolgo a cada novidade, meu brilho no olho se renova em toda situação,
eu vivo o momento de novo e espalho a novidade como uma epidemia de emoção.
Eis me aqui, seguindo esse plano de acerto e confusão,
linha reta, linha torta e contramão.
Eis me aqui sendo luz e escuridão,
sendo amor e reclusão.
Sendo uma possibilidade única, tamanho o respeito dessa criação.

1990 e a astrologia.

Amo ter nascido num ano redondo, Deus me livre ser um 92 ou um 89.
É muito mais fácil calcular quantos anos vou ter em qualquer ano, é só acompanhar as terminações: 2015 = 25; 2226 = 236.
Sim, pretendo viver uns duzentos e poucos anos e colecionar bilhões de amigos.
É mentira, nem eu posso viver tanto... mas eu nasci num ano estratégico, minha amiga e astróloga disse que meu meio céu é conjunção urano-netuno, que urano-netuno afetou toda uma geração, mas no meio céu é ligado a carreira.




Eis aqui a previsão da minha vida pra essa conjunção apocalíptica. Publicação para consultas futuras:

"A conjunção Urano-Netuno acontece em torno de 170 anos, a última aconteceu no signo de Capricórnio nos 1990. Quando Urano e Netuno estão ligados por conjunção, suas energias agem em conjunto. A conjunção entre Netuno natal e Urano natal é muito forte devido a que Netuno amplifica e sensibiliza, desenvolve a telepatia, a mediunidade e Urano incita à transformação, à renovação de valores, idéias e direcionamentos de Netuno. Como este aspecto dentro de um orbe de cinco graus é de longa duração, afeta toda uma geração. O jeito pessoal da conjunção de Urano-Netuno pode se expressar na casa onde se encontrarem Urano e Netuno e os aspectos que fizerem com os outros planetas natais e pontos significativos do mapa. Esta geração será propensa a clarividência e ao desenvolvimento da sensibilidade e intuição. Sugere talento para a astrologia, a ioga, a magia, o oculto, a percepção extra-sensorial. Tem por missão elevar e atualizar a percepção e sensibilidade espiritual. Indica: Entusiasmo para realizar e propagar idéias, crenças, ideais, fervoroso, vibra quando se emociona ideais humanitários; sonhos, visões, premonição, força magnética de efeito curador, inclusive a distância, olhar profundo e encantador, forte poder magnético, hipnótico, inclinação ao estudo de ciências ocultas; práticas religiosas e místicas, utilização de métodos novos ou modernos para a exploração ou elucidação de assuntos nebulosos, difíceis ou misteriosos. Intuição: saca na hora o que estiver rolando, boa leitura de sinais, percepção do que deve ser feito para melhorar, progredir, evoluir. Eureka! Inspiração, idéias e criações geniais, faculdades espirituais e paranormalidade. Canalização de forças espirituais. Aspecto negativo do Urano em conjunção com Netuno. Indica irritação, inquietude, histeria, hipersensibilidade que pode ser canalizada nas artes ou práticas espiritualistas, fanático, transmissor de más noticias, crenças negativas, ideais humanitários utópicos; sonhos perturbados, premonição apocalíptica, forte poder magnético e hipnótico que pode ser usado com perversão, inclinação ao estudo de ciências ocultas; práticas religiosas e místicas diferentes e de um jeito inusitado. Utilização de métodos novos ou modernos para a exploração ou elucidação de assuntos nebulosos, difíceis ou misteriosos. Propicia intuição e inspiração para idéias ou criações geniais, faculdades espirituais e paranormalidade. Mediunidade. Canalização de forças espirituais, drogado. Alquimista. Gosto por substâncias, com efeito, psicotrópico. Mas pode também ter pouca resistência as drogas ou substâncias psicotrópicas, sensibilidade especial para mudanças, imprevistos e o inusitado. Mente e sensibilidade especial que quando não trabalhada pode gerar confusão emocional e psíquica, com idéias e opiniões contraditórias, falta de calma, de moderação e ponderação; intranqüilidade, inquietude; nervos tensos, paranóia, temor por desastres iminentes e arrasadores, mente apocalíptica, anarquia espiritual. Muda de religião ou ideologia segundo a direção do vento!

"
Urano no MC indica em geral um caráter surpreendente e não usual, como um pensador brilhante, anos luz à frente de seu tempo. São pessoas excêntricas, inspiradoras ou muito criativas. Esse caráter atrai muita atenção do público, sobretudo na nova era que caminha entre a fisica e metafisica. Urano se comporta de improviso.
Netuno no MC indica uma pessoa enigmática, um misto entre o poeta romântico e o estrangeiro em terra estrangeira. São pessoas que atuam como magos, com verdadeira sabedoria, que mostram devoção, como Yogananda ou Meyer Baba. Também podem ser músicos que encantam com sua melodia, terapeutas que trabalham com hipnose ou artistas que levam o público ao mundo da magia e do encantamento. Porque Netuno é algo fora do mundo, da dura realidade, e muitas pessoas se tornam famosas por encantar o público e conseguir levá-los a sonhar. Por sua natureza, Netuno age de modo interior e pouco emerge à luz do sol. Se uma pessoa se torna conhecida devido ao seu trabalho, com certeza será por um mínimo esforço ou devido a qualquer reconhecimento. Exemplos são artistas de cinema, teatro, mundo da dança e travestis, ou procura aparecer numa forma de arte ilusionista, que parece, mas não é."

é só a sua sombra

Se tivesse andado na cola dela, saberia de cor e salteado:
Essa energia obscura, esse lado negro,
quando fica evidente pega pesado.
Não tem nada de errado,
agora está presente,
daqui a pouco é passado,
até o sol se esconde pra noite fazer seu sombreado.
"Que bicho brabo é esse? Puta onda de azar!"
Se você reconhecer a sua sombra, vai parar de se assustar.