sábado, 22 de fevereiro de 2014

Ela não é mais aquela menina..

Passaram-se anos, tantos anos que a história ficou gasta, conta-la (mesmo que mentalmente para justificar inúmeros porquês,  inclusive este porquê) passou a ser algo o qual preferimos evitar, porque pra começar, quando isso começou, ela era só uma menina, uma dessas meninas normais, com orkut, fotolog, celular com câmera. O cansativo da narrativa começa quando tudo da errado, afinal, ela não poderia ter feito nada diferente,  ela era só uma menina... e de certa forma você tirou tudo isso dessa menina. E essa menina tentou, e você tentou de todas as formas, mais do que resolvido, isso deveria estar encerrado a muito tempo. Mas entre todas as vastas coisas da vida, e a infinidade de novas situações e sentimentos, sempre vem a saudade daquela menina. Você deveria ter dado as costas na primeira vez que ela ameaçou partir seu coração,  mas existe um defeito confesso,  o orgulho,  e você não deu o braço a torcer,  ficou! Talvez porque o destino era fatalmente inevitável: Quebraram o coração dela e não havia nada que você pudesse fazer para curar essa ferida. A cumplicidade de horas depositadas em palavras, uma presença distante mas presente ( quem está vivo hoje, após o bum digital talvez entenda). O mundo mudou, a forma como as pessoas se relacionam mudou, isso me assusta, e ano após ano sinto um vazio imenso em mim que ta contaminado em quase tudo por ai... Mas não sinto vazio quando lembro dela. Sempre tive medo que meus sentimentos não fossem amor, que fossem outra coisa e eu estivesse toda enganada, presa em armadilhas da psicologia e perdendo um puta tempo com saudades,  qdo na verdade o amor de verdade ta por ai e eu nem sei. Armadilhas ou não, talvez seja hora de parar de lutar, mesmo essa luta silenciosa, que nem ta lutando mas também nunca esquece, é hora de admitir de uma vez por todas que eu perdi. . Eu a perdi, e não importa o que tudo isso significa pra mim, ela já é uma mulher, e sabe das coisas dela melhor do que eu jamais soube das minhas, e nas escolhas dela eu não me enquadrava já a muitos anos. Eu gosto tanto dela. Não dói a ver feliz, não dói ver que ela cresceu e cresce todos os dias. Doi saber que ela fez a parte dela, e seguiu em frente e eu fiz a minha mais ou menos. Tentei por vezes estar over it, acho que estive até, várias vezes e até por longos períodos. Mas isso que eu tive, isso tudo que dividi historicamente com essa menina, ainda é a zona de conforto do amor, e ainda vive do meu orgulho, orgulho de não aceitar que eu perdi. E essa grande frustração, por não ter entendido nada antes, agora vira texto, pra eu não esquecer que também não sou mais aquela menina. A melhor exemplo da menina que você amava e da mulher que possivelmente ama, é hora de aceitar que o lugar delas é no passado, agradecer por esse sentimento e o colocar nas mãos de Deus. Que cada pensamento sobre a falta que ela faz, seja ele antes de dormir ou logo ao acordar, seja encerrado como este pensamento todo, desejando que ela esteja bem e nada mais.