terça-feira, 16 de julho de 2013

Espíritos elevados do elevado!

Voltando pra casa hoje e passando por baixo do elevado, só o que se vê são os corpos dos moradores de rua, estendidos no frio, com suas poucas coisas, tabuas, papelões, moveis velhos.. Passo todo dia e nunca deixa de ser uma cena forte! Eu fico tentando entender... como eu posso estar indo pra casa, e ter todo esse espaço, todo esse monte de coisas, ter uma cama, cobertor, comida na geladeira.. e essas pessoas não terem nada? Tem uma senhora que dorme bem na esquina da minha rua, e ela ta logo ali, deitada com um pano velho que não cobre nem o pé e o andador em cima dela, com sacolinhas amarradas com suas coisas... Eu fico tentando entender, como eu posso passar a vida ignorando isso? Os livros de cabala falam que não podemos ser infelizes, ou deixar de conquistar as coisas só porque os outros não estão felizes, ou porque o outro não esta bem, ou não tem... Mas como eu posso não me sentir culpada por ter tanto sendo que tanta gente não tem NADA? Lembrei de uma conversa com a Nathália Borges, em que ela disse que esses espíritos que encarnam na terra pra viver assim, são muito corajosos.. eu acho que são mesmo... Mas e eu? E nós? Que tipo de espirito a gente é pra ignorar tudo isso? Tenho que seguir e pensar "cada um com seu karma!"?
Porque é basicamente isso que a gente faz... Eu não tenho um cobertor pra levar ali na esquina, e o dinheiro que eu tenho, provavelmente vou tomar uma cerveja e pensar "trabalhei tanto essa semana, eu mereço"... Mas me choco todos os dias com essa realidade, não posso deixar de pensar e questionar... É tanto consumismo, tanta coisa desnecessária que a gente acha que precisa, que as vezes eu acho que essas pessoas na rua, vivendo com "o que tem pra hoje" vivem de forma mais correta que a gente... Acho que o sofrimento de estar sujo, de não ter o que comer, de passar frio é o que dói tanto... mas o desapego é a grande lição dessas almas!

quarta-feira, 3 de julho de 2013

nem sei

Nem sei se eu sei o que quero, as vezes acho que eu não quero é nada... As vezes acho que eu quero muito, muito de um tanto que não consigo mensurar... Mas ai eu penso, que talvez seja tudo bem simples, tao simples, que eu nem percebo que o que torna tudo tao longe e distante, é só ânsia! Como aquele pensamento esquecido, que você deveria ter lembrado, sabe? Quando você sabe que tem algo, mas não lembra, e fica naquela ansiedade, até lembrar e falar "ah, é mesmo", mas quando você lembra, percebe que de fato a resposta era muito mais simples, e que o que tornava ela complexa era sua ânsia! Da até impressão que mesmo lembrando, você não lembrou, da impressão que era outra coisa, uma coisa mais complexa!