terça-feira, 28 de julho de 2015

eis me aqui

Toda a vida foi um pensamento, foi uma ideia do ideal que buscava para desenvolvimento;
Um plano perfeito, aprovado e articulado, passou pela bancada astral,
tinha missão, caminhos e coisa e tal.
Nasci no inverno, era domingo, pé de cachimbo, cachimbo é de ouro, ouro de Oxum.
É mãe de cabeça, protege a gestação, a criança que não fala, mas que chora um montão.
Eu só fui vivendo, e crescendo,
acumulando experiências e cenas de um filme em constante movimento.
Criei feridas, depois casquinhas, criei vícios, manias, alegrias, tive muitas companhias. 
Muitos traumas parados na garganta, muita amoxicilina que não curou essa menina
Tendência ao vicio, e a pequenas obsessões, auto de didata mas com déficit de atenção.
Sem saber em qual caminho, se perdeu em ilusão.
Eu vinha articulando e prevendo, recebendo e não vivendo.
de pensamento em pensamento, fui pulando de nuvens em nuvens em direção a este momento.
O despertar chegou com 23, cedo ou tarde..
talvez seja cedo demais para dizer se os anos de prévia foram em vão... acho que não.
Eis me aqui agora, tão nova quanto em meu nascimento,
tão inocente e carente de conhecimento como a criança a qual já dei movimento.
Me empolgo a cada novidade, meu brilho no olho se renova em toda situação,
eu vivo o momento de novo e espalho a novidade como uma epidemia de emoção.
Eis me aqui, seguindo esse plano de acerto e confusão,
linha reta, linha torta e contramão.
Eis me aqui sendo luz e escuridão,
sendo amor e reclusão.
Sendo uma possibilidade única, tamanho o respeito dessa criação.

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