Aquela inspiração fugiu num espirro alérgico, foi ali que eu peguei esse vírus e foi ele que me curou da necessidade de ser acerto, contando que eu fosse eficaz. Antes o propósito era melhorar, agora vejo que não vamos mudar, pois não queremos. Queremos ser exatamente quem somos e aparentemente, por enquanto, estamos dispostos a no máximo deixar cair o peso sobressalente e assistir o mundo girar, assistir o caos se fazer, depois se desfazer, fazendo de conta que não somos tão responsáveis. Somos um respiro, nossas ações respiram, eu busco espaço dentro de um abraço, para isso algo se encolhe e eu me despeço pra que você também tenha espaço. Te quero longe, mesmo assim me acolhe, entre milhares de opções a gente se escolhe, depois se devolve; deixando claro que a gente nem se quer, mas se envolve. Nos sujamos, nos limpamos, gostamos mas depois não gostamos.
Eu gosto das formas geométricas que miro nos sete corpos, desgosto de como me lembram que somos todos hipócritas. Se estamos menos doentes do que quem desejamos curar, nossas doenças não nos impedem de quase brilhar, quase acertar, quase não chorar; Somos doentes meio saudáveis e precisamos aceitar que não é porque o mal é invisível que ele não está lá.
Um mestre me ensina seus movimentos, seus sopros aprendo na concentração dobrando o vento.
Era ele, já sou eu, sei co-criar, lembro que desejo evoluir e melhorar, te copio mas me invento, já sou eu quem está falando e eis aqui meu comando. Marcho arrastada no comando de coragem, ansiosa, penosa, pois minha dor é medo. As substancias que você pode temer e as energias que quer evitar, te tocam na ponta da nuca, só pra rir de você, só pra te ver se arrepiar... de medo. Elas sabem que sozinhas não podem te vencer, precisam da sua ajuda pra te atormentar e te dominar.
Se é remédio pra te fazer dançar, se é a dose que te faz pirar, se é isso que te faz vibrar, porque evitar? "Porque não me deixa entrar?" É gritante a diferença do cipó, da folha, da raiz, e eu não te quero mais, pois agora te vejo como uma opção mal feita para algum mal artificial, ilusória e transitória, se afaste por favor.
Drogarias 24 horas adoecem mais do que curam e no silencio das rezas depositadas nas cinzas, me perdoo pelo tormento que me coloco. Não são as substancias que eu temo, não são os espíritos perdidos que me fazem despencar, eu tenho medo é de mim, tenho medo de olhar você e me enxergar, tenho medo de provar você e me descontrolar, tenho medo de ir longe demais e não ter pra onde voltar. Libertação mesmo, de verdade e enfim, será não sofrer por te querer, nem te odiar por continuar te resistindo mesmo que você seja irresistível assim.
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