sábado, 20 de dezembro de 2014

Olha aquele casal, deixa eu te explicar!

O amor é uma coisa muito maluca mesmo,
mas eu gostaria de tentar explicar o amor, apontando aquele casal.

Eu andava sempre na grande distração
de esperar que as grandes coisas acontecessem  comigo,
aguardando os grandes eventos, esperando a grande virada
e nem reparei naqueles dois, ali..
alias, demorou muito tempo pra eu sacar que eles eram um casal!

Tudo bem, eu sei do meu egocentrismo, não é isso
mas para mim eles já foram invisíveis
pessoas as quais eu achava que em nada iriam acrescentar ou mudar na minha vida.

Nós fomos apresentados quatro vezes,
basicamente porque em nenhuma das três primeiras,
eu consegui fixar o rosto dela ou guardar o nome dele.
Para mim eles eram pessoas ordinárias, não que isso fosse consciente
simplesmente porque nada nela, a principio e superficialmente, chamou a minha atenção.
E ele era só um cara, aparentemente gente boa, como outros tantos.

No quarto encontro nós conversamos um pouco mais
e eu comecei a perceber o quanto ela era simpática e atenciosa,
reparei que ela prestava atenção em tudo que eu falava.
Ela tinha uma voz calma, se expressava bem,
pensamentos profundos, sentimentos mais profundos ainda.
Fiquei feliz de ter a conhecido melhor
Me senti confortável, com o coração aquecido, sabia que havia encontrado uma amiga.

Quando nos abraçamos para a despedida, senti ainda mais essa alegria,
foi um abraço acolhedor, de quem se reconhece.
Compartilhávamos muitas qualidades e rapidamente nos tornamos confidentes.
Após essa aproximação, era impossível olhar para ela e não perceber
que seu sorriso irradiava a luz, sua presença contaminava o ambiente com paz.

Ele era passional, me ouvia ainda mais
Tinha generosidade, humildade, os olhos de um menino
Dizia pouco pois era evidente que via muito, sentia muito
Alguém que com certeza entende o conceito de "ouve muito e fala pouco".
Ele tinha uma alma pura, um cara grandão,
era impossível não imaginar o tamanho do seu coração.
Me encantou a forma a qual ele a protegia, protegia os amigos,
imaginei que protegia a todos que amava da mesma forma.
Percebi a sorte que eles tinham por terem se encontrado,
e senti enorme felicidade por eles, passei também a acreditar nessa sorte.

Observando os dois consegui sentir a alegria que ele sentia ao ver o sorriso dela.
Imaginei que para ele, este era o melhor sorriso do mundo,
aquele abraço era uma necessidade ao final do dia.
Ela via nele o seu amado, seu protetor, o abraço que a cobria todinha,
a paz de espirito que tanto almejava.

Antes eram invisíveis, um casal que passava despercebido pela minha ansiedade
agora eram amigos, exemplos, traziam ensinamentos.
Entendi assim, observando a simplicidade radiante,
O amor não é mesmo aquela coisa que a gente espera,
o amor é tão sutil, que a gente pode ser apresentado a ele e não o reconhecer...
Pois o amor esta nos detalhes, nos mínimos detalhes
e não na beleza escancarada, no chamariz de atenção, na explosão, na expectativa.

Então...
A gente deveria se apresentar varias vezes, sabia?
Eu sei que a gente já se esbarrou por ai, mas vai que a gente ainda tava cego de ego
vai que olhando bem descubro alguma coisa no seu sorriso,
Vai que minha conversa mudou, vai que eu sou a pessoa que você quer que te escute...
Dessa vez eu vou prestar atenção nos detalhes,
quando eu menos esperar vou te amar sem querer, além das expectativas.

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