Quando entrou no trem, ele imediatamente fechou as portas e começou a partir, foi o tempo de você se virar para a porta de vidro e sorrir. Seu sorriso durou uns cinco segundos na linha do meu horizonte, eu acompanhei o trem ir.
Sentei no banco da estação e quis me pendurar naquele momento, ainda tinha comigo a sua presença, ela esqueceu de embarcar. Fiquei ali esperando o próximo trem, ia embarcar ela antes de ir pra casa.
Durante os cinco segundos que sucederam eu engoli uma saliva forte da memória recente, era um gosto de salada de frutas, era gosto da gente. Senti com o corpo, era uma explosão forte, as cores saltavam dos meus olhos.
Meu coração bateu no tic do relógio, Tac. O barulho do seu despertador, a perna lisa passando na minha, o vento entrando na fresta que você abriu. Seu beijo de cinco segundos na minha bochecha, ssssmack! Seus cinco minutos a mais de sono de beleza.
Me fez de pérola, foi uma ótima concha. Demorou no banho, me acordou pela terceira vez. O ônibus demorou, a gente se esquentou no ponto. Você passou a catraca correndo, o trem vinha vindo. Até semana que vem, corre. Tchau, te mando mensagem. Entrou no trem, se virou e sorriu cinco segundos na linha do horizonte, que presença forte.
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Presença de cinco em cinco.
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