quarta-feira, 23 de março de 2016

roseira

Num canteiro bem cuidado,
com alecrim e manjericão,
a beleza se fez na terra
botão, por botão.

Brancas, vermelhas, amarelas,
guardadas por espadas de ogum,
inspirando romances e poesias
no emaranhado de caules e folhas,
suaves pétalas surgiam.

Mas como o destino se faz variar,
um dia uma rosa amarela,
pela violeta se viu apaixonar.

rosas apaixonadas,
cheias de espinhos
temendo se machucar.
Do medo o cuidado,
do cuidado o fim amargo.

Colheram rosas brancas para simbolizar a paz,
vermelhas para a paixão de um rapaz,
as amarelas aos orixás
e as violetas ficaram mas sem amor murcharam.

Quem plantaria uma roseira?
Uma perto de uma cachoeira,
para Oxum abençoar
que um amor tão genuíno
pudesse ali reencarnar,
sem o medo de uma guerra começar.

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