quarta-feira, 5 de março de 2014

Eu sentia as mesmas coisas de antes, mas interpretava de forma diferente

Os dias ficaram mais curtos, tinha ansiedade pra noite chegar, e entre um intervalo e outro matava o tempo jogando, jogando de tudo. Janeiro passou tão rápido, fevereiro eu nem vi, e de repente me dei conta de que estava perdendo o tempo outra vez. A decisão era clara, eu deixei bem clara, a gente não ia perder mais tempo, tinha coisa pra caralho pra fazer, livro pra caralho pra ler, coisas pra escrever, vontade de desenhar, lugares pra conhecer, merdas pra fazer... estava errado, nem tudo, mas boa parte continuava completamente insatisfatória! Dados os fatos, senti que a unica forma de resolver isso era começando com muitas horas de sono! Dormir não me faz sentir que perdi nada, me faz sentir que economizei e muito a perda de tempo. Se a gente passa metade da vida dormindo, você talvez ache que eu esteja jogando pro time errado, mas dormindo mais, eu pelo menos estou jogando para o time vencedor.
Após muitas horas de sono acordei com essa ideia de eternidade, achei um saco, cansativo.
Ser eterno é basicamente ter tanto tempo que nesse momento mesmo correndo, você esteja parado na comparação do tempo de anos luz que você tem pela frente.. anos luz? anos luz não devem ser segundos para a eternidade.
O pensamento a seguir pode causar tontura, pode te consumir em poucos minutos, é algo que pode te deixar eufórico: Você pode estar fazendo a merda da sua vida, não tem problema ser um retardatário na escala da evolução, você tem a eternidade para acertar. Nesse segundo a euforia feliz pode se transformar em ansiedade desesperadora: Imagine seu corpo em unidade, agora imagine que seu corpo, essa unidade consciente, é composta por uma infinidade de células, que tem vida e consciência que é despertada da sua consciência de sobrevivência, e que a sua consciência, gera milhares de outras vidas (dentro de você mesmo) que provavelmente também são eternas.. E isso refletindo apenas que tem dentro de si um espaço que você jamais poderia compreender, pois os átomos formados por energia que se concentram dentro das células, NEM SÃO VISÍVEIS. E olhando pra dentro, ou pra fora, esse mesmo principio de zilhões de células e mecanismos vivos não têm fim, e que a sua alma, também é eterna dessa forma sem fim, e que se você tentasse colocar essa imagem no seu cérebro e tentar olhar o tamanho do tempo e espaço disso, você só teria a vertigem daqueles protetores de tela desesperadores que não acabam nunca. Acho que o cérebro te proíbe de ir tão longe no entendimento disso, acho inclusive que quem acha pensar nisso uma perda de tempo, tem um cérebro bem mais protetor que o meu...
Então eu resolvi basicamente estacionar, parar de pressa, alias, parar tudo, foda-se! Se tiver que morrer sem ter feito o máximo e perceber que tenho a eternidade toda pra fazer essas coisas que eu quero, prefiro ir no menor tempo possível, porque rápido demais, esse lance de infinidade me da enjoo!

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