Uma mordida quente na costela, o corpo todo se arrepia.
Eu acordo, o mundo está de lado, meu corpo falecido.
Não é ressaca, não é depressão, é a química saindo do corpo
É o corpo voltando pro vão.
"Bom dia, você pode me levar pra casa agora?"
Enquanto as entranhas se contorcem, eu ganho um beijo.
Mas queria um cigarro!
Mesmo tendo largado, é ótimo para disfarçar um pensamento inexistente.
E ficar assim, com a cabeça vazia,
Sem transparecer a falta de emoção ou sentimento pelo momento.
Tenho hora para chegar em casa, eu me dou esse horário.
O que me mantém na linha tênue entre estar devastada e entre ser amada.
Chego em casa, tomo banho, e durmo em lençóis limpos.
Como se estivesse estado neles durante toda a noite e madrugada de sábado.
Meu corpo começa a repelir todas as coisas
Já não bastasse o cigarro que eu tanto amava
Agora o próprio amor.
Que mais vai me tirar? A bebida?
O ser humano é patético,
Fosse o caso de força de vontade
Eu estaria no sofá agora apagando um cigarro na sua testa
Mas por pura intriga, apenas para me sacanear
O caso se tornou fisiológico e irrevogável
Eu quero brincar com meus cacos
e meu corpo não quer perder nem um pedaço.
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